Você já se perguntou como os procedimentos médicos são organizados, descritos e precificados no Brasil? Em meio à correria da rotina clínica, pode parecer apenas mais um detalhe burocrático, mas entender como funciona a tabela AMB pode fazer toda a diferença para manter a gestão da sua clínica organizada, justa e financeiramente equilibrada.
Neste artigo, vamos te explicar o que é a tabela AMB, os principais benefícios e porque ela é importante para a gestão financeira da sua clínica e muito mais. Confira!
O que é a tabela AMB?
A tabela AMB foi criada pela Associação Médica Brasileira com o objetivo de listar e padronizar todos os procedimentos médicos realizados no país. Ela apresenta códigos, descrições e valores de referência para cada procedimento, servindo como um modelo de organização que facilita tanto a comunicação quanto a negociação entre médicos, clínicas, operadoras de saúde e prestadores de serviço.
Ela funciona como uma espécie de “dicionário médico-administrativo”, que evita ambiguidades, reduz erros em cobranças e facilita o dia a dia de quem trabalha com gestão de saúde.
Quais são os objetivos da tabela AMB?
O propósito da tabela da Associação Médica Brasileira vai muito além da simples listagem de procedimentos. Ela tem como principais objetivos:
- Padronizar a nomenclatura dos procedimentos médicos;
- Oferecer valores de referência para negociações e pagamentos;
- Facilitar a comunicação entre clínicas e operadoras;
- Evitar glosas e divergências na hora do faturamento;
- Aumentar a transparência na cobrança dos serviços de saúde.
Para clínicas, contar com esse tipo de padronização significa mais segurança nas operações administrativas e menos tempo perdido com retrabalho.

Quais os benefícios da tabela AMB para clínicas?
Um dos principais benefícios da tabela AMB é justamente a organização que ela proporciona. Imagine ter que negociar com diferentes operadoras de saúde, cada uma com sua forma de descrever procedimentos. A tabela AMB elimina essa confusão, criando uma base única e compreensível por todos.
Além disso, os valores de referência ajudam gestores a entender se a remuneração pelos serviços está compatível com a complexidade e o tempo exigido. Isso é fundamental para manter a sustentabilidade financeira da clínica.
Outro ponto relevante é que ela permite um faturamento mais ágil e preciso, já que os códigos e descrições padronizados reduzem erros na hora de enviar guias ou notas para os convênios.
Qual a relação entre a tabela AMB e a CBHPM?
Com o tempo, a tabela AMB passou por atualizações e evoluções. A mais conhecida delas é a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), também desenvolvida pela Associação Médica Brasileira, em parceria com outras entidades.
A CBHPM é considerada uma evolução da tabela AMB porque, além de padronizar, ela hierarquiza os procedimentos. Isso significa que cada procedimento é classificado de acordo com critérios como:
- Complexidade técnica;
- Tempo médio de execução;
- Custo operacional;
- Formação necessária do profissional que o executa.
Ou seja, a CBHPM oferece uma visão mais justa e valorizada do trabalho médico, sendo amplamente usada como referência em negociações com planos de saúde.
Tabela AMB x Tabela TUSS: qual a diferença?
Muita gente confunde os papéis da tabela AMB e da tabela TUSS, e isso é totalmente compreensível. Ambas lidam com codificações de procedimentos, mas têm finalidades diferentes.
A tabela TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) foi criada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e tem como foco padronizar a troca de informações entre operadoras e prestadores de serviços de saúde. Em outras palavras, ela organiza os dados que são enviados eletronicamente, como guias, relatórios e faturas.
Já a tabela AMB é mais técnica e médica, com foco na descrição e no valor dos procedimentos. Enquanto a AMB serve como base clínica, a TUSS é uma linguagem de sistema. Uma complementa a outra, e ambas são essenciais para uma gestão moderna e integrada.
Como a tabela AMB impacta a gestão da clínica?
Ter uma clínica bem organizada envolve muito mais do que bom atendimento. A gestão precisa ser eficiente, e isso inclui controle sobre os procedimentos realizados, valores praticados, e alinhamento com as operadoras. Sendo assim, a tabela AMB é uma das ferramentas estratégicas que podem ser utilizadas.
Quando seu sistema para clínicas já organiza toda a parte de recebimento, repasse médico e gestão financeira, e você soma a utilização da tabela ABM, você ganha tempo, evita erros e garante que os processos de faturamento, cobrança e controle estejam de acordo com as normas do setor.
Além disso, ter as informações como base contribui diretamente para a redução de glosas, o aumento da previsibilidade financeira e a valorização do trabalho dos profissionais da clínica.
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