As 6 metas internacionais de segurança do paciente foram criadas em 2006 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente da Joint Commission International (JCI), uma das principais organizações que prezam por altos padrões internacionais de segurança em saúde.
Para entender mais sobre esse assunto, conheça todas as seis metas internacionais de segurança do paciente e saiba qual é a importância delas neste conteúdo exclusivo.
Por que essas metas foram criadas?
O objetivo da criação das metas internacionais de segurança do paciente foi instituir padrões globais para aumentar a segurança dos pacientes em quaisquer ambientes de saúde.
Essa prática da assistência segura em saúde trata da eliminação de alguns comportamentos que podem causar danos aos pacientes, como quedas, erros durante um procedimento cirúrgico, administração incorreta de medicamentos, entre outros.
Para reduzir esses riscos, foram implementadas as metas de segurança do paciente. Baseadas em estudos de nível internacional, quando corretamente aplicadas, elas garantem a segurança de pacientes e acompanhantes.
No Brasil, o Ministério da Saúde elaborou o Programa Nacional de Segurança do Paciente em meados de 2013. Ele é totalmente baseado nas 6 metas internacionais de segurança do paciente. O objetivo é ampliar e qualificar os cuidados com a saúde dos pacientes no país.
Quais são as metas internacionais de segurança do paciente?
Afinal, quais são as metas de segurança do paciente? A seguir, conheça cada uma delas, os propósitos e os benefícios que garantem aos envolvidos.
1. Saiba como identificar os pacientes
A meta 1 de segurança do paciente refere-se a identificar o paciente corretamente, pois isso evita erros e danos causados por resultados de exames, medicações ou procedimentos equivocados.
A norma também melhora o direcionamento das equipes de profissionais da saúde. Afinal, é crucial conferir a identidade do paciente durante todas as fases do tratamento e sob qualquer procedimento executado.
A melhor forma de garantir o cumprimento dessa meta é adotando um software para clínicas que possibilite identificar os pacientes de modo rápido e prático. Assim, as informações ficam disponíveis no sistema, facilitando a identificação de doenças crônicas, alergias e medicamentos de uso regular, por exemplo.
Erros na identificação ainda acontecem e podem ser fatais. Um medicamento equivocado para o paciente errado pode ser um caso de vida ou morte. Manter todo o cuidado possível para isso ser evitado é elementar em qualquer ambiente que tenha como missão tratar da saúde das pessoas.
2. Estabeleça uma comunicação efetiva
O Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente indica que 70% dos problemas que ocorrem em hospitais, clínicas ou consultórios são devido a falhas e ruídos de comunicação por parte dos médicos, dos enfermeiros, de outros profissionais e até dos próprios pacientes.
Por isso, é preciso prevenir a troca ou a perda de qualquer dado e informação que trate dos cuidados de cada pessoa atendida. Desse modo, o registro preciso de todos os pacientes no prontuário previne as falhas de comunicação, principalmente nos casos em que é preciso transferir os cuidados para outros profissionais.
Para isso, as metas internacionais estabelecem o uso de alguns códigos com o objetivo de melhorar a eficácia da comunicação entre os profissionais de saúde. Afinal, qualquer falha pode prejudicar a indicação do tratamento mais adequado para determinado paciente.
Tais padrões devem ser usados em procedimentos, diagnósticos e outras situações por meio de abreviaturas e símbolos. Essa padronização é monitorada e posta em prática para evitar problemas na comunicação.
3. Melhore a segurança dos medicamentos
A meta 3 de segurança do paciente refere-se à correta administração de medicamentos, principalmente de alta vigilância, ou seja, que apresentam alto risco.
É muito importante prevenir erros nas medicações e nas prescrições, bem como utilizá-las de maneira segura. Por isso, a tarefa dos farmacêuticos nos hospitais consiste em potencializar a segurança durante o uso de medicamentos.
Desse modo, devem ser adotadas práticas padronizadas em relação ao armazenamento, à circulação e ao uso das medicações. Esse cuidado deve ser ainda maior para medicamentos que têm uma aparência física parecida ou grafia semelhante.
Medidas simples que podem ser colocadas em prática envolvem a checagem da identidade do paciente, por meio da pulseira de identificação e do prontuário, assim como o uso de uma grafia legível no momento da prescrição. Assim, é reduzida a probabilidade de haver complicações quanto à utilização de tais substâncias.
4. Garanta que o paciente tenha uma cirurgia segura
A meta 4 de segurança do paciente aborda a importância de impedir que ocorram falhas antes, durante e após as cirurgias. Ela visa garantir que as cirurgias sempre ocorram com a maior segurança possível.
Para isso, é crucial verificar a segurança. Isso minimiza os danos que os pacientes possam sofrer nas cirurgias. Tal procedimento garante que a cirurgia seja realizada de forma conveniente e eficaz. Assim, é feita uma espécie de checklist para verificar cada ponto específico e assegurar que o local de intervenção, o procedimento e o paciente sejam observados corretamente.
Pode parecer algo trivial, mas nem sempre todas as medidas corretas são tomadas. Por isso, a importância de reforçar esse tópico. Cirurgia segura é aquela que segue regras muito rígidas de segurança e disciplina. Afinal, vidas estão em jogo!
5. Pratique a higienização das mãos
A infecção hospitalar é um tema sério, pois pode causar graves problemas de saúde e até resultar na morte do paciente. Desse modo, as seis metas internacionais de segurança do paciente também contemplam essa questão e orientam sobre as boas práticas para reduzir os riscos de infecções associadas à má higienização.
Nesse sentido, um dos procedimentos mais importantes para prevenir infecções é a prática correta da higiene das mãos por parte dos profissionais. Assim, manter as mãos limpas durante diferentes momentos do dia é fundamental.
É importante orientar pacientes, familiares e demais profissionais da instituição de saúde sobre as práticas básicas de higiene. Para isso, uma boa medida é implantar campanhas informativas e disponibilizar locais estratégicos de higienização na clínica.
6. Reduza a chance de danos decorrentes de quedas
Prevenir a lesão por queda nos hospitais constitui uma assistência de qualidade na área da saúde. Por isso, essa é uma meta indispensável para a segurança do paciente. Esse cuidado contribui para garantir a boa qualidade assistencial no local.
É essencial evitar que as quedas aconteçam. Várias medidas de segurança podem ser adotadas com esse propósito, como dispor de uma estrutura física e de um mobiliário que minimize o risco de queda, evitar o uso de tapetes, utilizar sinalização visual para locais com maior risco, entre outros.
Outra questão importante é treinar os profissionais para saberem como conduzir corretamente a situação, principalmente quando o paciente está deixando a clínica ou o consultório. A postura dos colaboradores também é importante para reduzir o risco das quedas.
O paciente sempre em primeiro lugar
Como você viu até aqui, garantir o bem-estar do paciente é prioridade. As seis metas internacionais de segurança do paciente garantem exatamente isso. Assim, segui-las é essencial para todo profissional e instituição da saúde.
Se você deseja saber mais sobre como garantir um atendimento de qualidade ao paciente, desde o primeiro contato dele com a clínica até o pós-tratamento, aproveite para conferir a Jornada do paciente: importância, etapas e como aperfeiçoá-la.