Muita gente não gosta ou tem certo receio de ir ao médico. Os profissionais da área médica sabem que isso é um fato. Além de outros fatores, como a questão financeira ou não sentir nada anormal, esse distanciamento pode revelar um problema mais profundo, como a síndrome do jaleco branco ou a iatrofobia.
Neste conteúdo, trouxemos algumas informações sobre a síndrome do jaleco branco: o que é esse problema que afeta um número significativo de pessoas, quais são as principais causas e os sintomas mais recorrentes, assim como o modo que se dá o tratamento dos pacientes afetados por esse mal.
Síndrome do jaleco branco ou iatrofobia: o medo de médicos
Para entender o que é síndrome do jaleco branco, é preciso compreender que o nome oficial desse problema é iatrofobia, ou seja, palavra de origem grega que remete ao medo irracional de médicos.
A síndrome do jaleco branco está relacionada tanto à exposição a determinados objetos ligados à Medicina, quanto a situações envolvendo a presença do profissional. Assim, quem sofre do transtorno tende a evitar tanto os ambientes, quanto o contato com o médico, a qualquer custo.
O simples fato de ir a uma clínica ou consultório, diante de uma emergência, provoca um estado de ansiedade que, em muitos casos, pode gerar uma crise de pânico. Itens como o estetoscópio e, principalmente, o jaleco, pioram a situação de quem sofre disso.
A ansiedade provocada pela presença de um médico também pode ser conhecida como hipertensão do jaleco branco, quando o paciente tem a pressão arterial alterada em função da presença de um médico ou profissionais que utilizem roupas brancas, como enfermeiros, por exemplo.
Quais são as principais causas da síndrome do jaleco branco?
As principais causas da síndrome do jaleco branco podem estar relacionadas a traumas sofridos ainda na infância, devido a algumas situações que possam ter gerado medo e pânico. Nesse período da vida, os traumas tendem a ser muito complexos e difíceis de serem superados ao longo do tempo.
Mesmo assim, adultos também podem desenvolver o problema ao longo dos anos, mesmo que não tenham sofrido na infância, pois não existe idade, nem momento à prova de traumas.
Isso ocorre porque a imagem dos médicos costuma estar associada a remédios amargos, doenças, injeções e ambientes onde há muito choro, dor e desconforto, como os hospitais, onde, naturalmente, chegam pessoas acidentadas, com imagens “pesadas”, contendo sangue e até morte.
Além disso, notícias de erros médicos que levaram à morte de pacientes ou às falhas grotescas, como esquecimento de materiais no corpo em cirurgias, aumentam o temor de estar diante do médico ou frequentar o ambiente onde isso pode ocorrer.
Veja alguns sintomas que o paciente pode ter
De maneira geral, pacientes com a síndrome do jaleco branco apresentam alguns sintomas em comum, como tensão muscular, tremedeira, suor excessivo, dor de estômago e ânsia de vômito.
Para as pessoas que não são da área médica, o paciente com síndrome do jaleco branco demonstra confiança ao falar sobre os médicos. Porém, diante de um encontro com o profissional, fica agitado e hesita na hora de conversar.
Na maioria dos casos, também adia ou falta em consultas e exames médicos de rotina pelo maior tempo possível. A pressão é alterada ao entrar na clínica, no consultório ou no hospital. A pessoa também teme ficar doente ou sofrer lesões, justamente porque pode necessitar de tratamento médico.
Como é o tratamento para a síndrome do jaleco branco
Paciente com síndrome do jaleco branco pode ser extremamente difícil de tratar. Isso acontece porque, quem sofre do transtorno costuma desenvolver o medo em relação a outros profissionais, inclusive médicos da saúde mental, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas.
Serviços de atendimento por telefone ou internet (como a telemedicina), são as principais opções, já que o contato pessoal entre médico e paciente pode piorar a situação do doente. Além disso, terapias em grupo ou cognitivo-comportamentais podem ajudar.
Outra alternativa é o atendimento feito em ambientes com menos características de rotina médica, como clínicas ou consultórios mais confortáveis e casas adaptadas para centros de saúde.
Por fim, diante da síndrome do jaleco branco ou síndrome do avental branco, como também é conhecida, é importante que o médico conheça sempre a realidade do paciente antes de realizar o atendimento. Caso seja necessário, evite o uso de roupas e acessórios que provoquem reações.
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