A telemedicina já se firmou como uma ferramenta de atendimento vantajosa, que facilita o acesso a consultas e tratamentos através de plataformas digitais. Para os profissionais de saúde, entender o que é telemedicina é essencial para decidir de maneira informada se deve ou não aderir a modalidade nos seus atendimentos.
Nos últimos anos, a prática evoluiu rapidamente, passando de uma opção emergencial para um recurso consolidado e bem aceito tanto por médicos quanto por pacientes.
Neste artigo, abordamos tudo o que os médicos precisam saber para se adaptar a essa modalidade, desde as regulamentações legais até os aspectos práticos. Veja!
O que é telemedicina?
Em poucas palavras, telemedicina é a prática de utilizar tecnologias da informação e comunicação para oferecer serviços de saúde a distância. A definição é bastante simples, mas o que muitos médicos não sabem sobre o que é telemedicina, é que não se trata apenas de um bate-papo virtual.
Existem diferentes tipos de atendimento como telediagnóstico em que acontece a análise de exames e imagens para detectar doenças. Ou o telemonitoramento em que é possível acompanhar indicadores de saúde. Veremos mais no decorrer do texto.
O ponto importante é que para médicos, a telemedicina representa uma nova forma de oferecer atendimento, complementando a prática clínica tradicional e ampliando o alcance dos serviços de saúde.
A telemedicina no Brasil
O primeiro projeto de telemedicina foi implantado no Brasil em 2012. Na ocasião, os especialistas em neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein passaram a dar suporte para os intensivistas do Hospital Municipal M’Boi Mirim para casos de AVC.
Já em 2015, o Albert Einstein inaugurou o primeiro serviço de tele UTI, que, em parceria com o Ministério da Saúde, passou a oferecer auxílio a hospitais da rede pública.
Mas, além desses projetos, outras atividades da telemedicina já vinham crescendo no país, como é o caso da emissão de laudos pela internet.
Entretanto, a telemedicina na pandemia ganhou outras proporções no Brasil e no mundo. Afinal, muitos atendimentos remotos ajudaram a salvar vidas, principalmente as de pacientes do grupo de risco.
Pode-se dizer que as consultas online contribuíram para suprir a falta de demanda e ajudaram a preservar a vida das pessoas que puderam manter as rotinas médicas sem sair de casa.
Benefícios da telemedicina
Os benefícios da telemedicina são gigantes e podem realmente mudar o destino de muitos pacientes.
Veja abaixo as vantagens de usar a telemedicina na clínica:
- Aumento na captação de pacientes;
- Redução de custos;
- Maior comodidade;
- Aumento da produtividade;
- Atendimento rápido e possíveis diagnósticos antecipados;
- Acompanhamento aproximado sem necessidade de deslocamento;
- Promoção da saúde para uma maior parte da população.
Quais são as frentes da telemedicina?
A telemedicina pode ser exercida através de diferentes frentes: teleconsulta, telemonitoramento, teleeducação e telelaudos. Conheça mais sobre cada uma delas!
Teleconsulta
A teleconsulta, como o próprio nome sugere, é uma consulta remota. Ela pode ser de dois tipos: entre dois ou mais médicos ou entre médico e paciente.
Na primeira situação, um médico busca a assistência de um ou mais especialistas para tomar uma decisão, realizar um diagnóstico, prescrever medicamentos, entre outros.
Na segunda, a consulta remota ocorre entre médico e paciente, tendo essa sido regulamentada no Brasil após o surgimento da pandemia pela Lei nº 13.989/2020.
Telemonitoramento
A teleassistência refere-se ao monitoramento do paciente com a finalidade de assegurar o seu bem-estar. O indivíduo pode ser monitorado de um centro de saúde ou de sua própria residência.
Nesse caso, existe um profissional da saúde ao seu lado que permanece em contato remoto e contínuo com especialistas para garantir a sua saúde.
Teleeducação
A teleeducação está associada à capacitação à distância do profissional de saúde. Ela é comumente utilizada por médicos que estão longes dos grandes centros e que, para se manterem atualizados, utilizam essa modalidade da telemedicina.
Convém mencionar que alguns meios da teleeducação são: vídeochamadas, aulas e palestras online, programas de reciclagem remotos, entre outros.
Telelaudos
No caso dos telelaudos, os exames podem ser realizados em um determinado lugar, mas serem laudados por especialistas que se encontrem em qualquer parte do mundo.
Nesse caso, os aparelhos utilizados para a realização dos exames enviam os resultados via Internet para o especialista, que produz o laudo e o reencaminha para o local de origem.
Equipamentos necessários para telemedicina
Além dos principais que são uma solução de telemedicina e um computador ou dispositivo móvel com câmera e microfone de boa qualidade, é recomendável investir em uma conexão de internet estável e, se possível, em uma iluminação adequada para garantir a clareza durante a consulta.
Em especialidades que demandam uma observação mais detalhada, como dermatologia, uma câmera de alta resolução pode fazer a diferença.
Telemedicina e reembolso pelos planos de saúde
Uma das questões mais frequentes para médicos que consideram oferecer consultas por telemedicina é sobre o reembolso desse tipo de atendimento pelos planos de saúde.
Hoje, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define normas que regulam a cobertura de procedimentos médicos pelos planos de saúde, incluindo a telemedicina. Ela orienta as operadoras de saúde a oferecerem cobertura para consultas online de acordo com a mesma lógica das consultas presenciais.
Vale destacar que nem todos os contratos de saúde cobrem a telemedicina de maneira uniforme. A possibilidade de reembolso pode variar dependendo do tipo de plano, da cobertura contratada pelo paciente e do tipo de consulta.
Principais orientações:
- Consultar as diretrizes do plano de saúde;
- Registrar e documentar todas as consultas online;
- Emitir notas fiscais corretamente.
Quais são as leis e normativas que regulamentam a telemedicina no Brasil?
A regulamentação que determina o que é telemedicina e suas regras no Brasil é pautada principalmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece diretrizes para a prática responsável. Ela também tem como base a Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada em 2018.
A última resolução publicada pela CMF é de maio de 2022 e estabelece diversas regras que consideram inclusive a cirurgia robótica no Brasil. O que mostra uma preocupação com as últimas tecnologias e como elas devem ser abordadas.
Uma das principais determinações da resolução indica que o atendimento por telemedicina deve ser registrado em prontuário médico físico ou no uso de sistemas informacionais (Art 3º, parágrafo 1). Dessa forma, contar com um sistema completo, facilita o atendimento médico online.
Entre diversas outras resoluções que servem para garantir a segurança dos médicos e pacientes.
Como funciona uma plataforma de telemedicina?
Em uma plataforma de telemedicina completa, como é o caso do software oferecido pelo Clínica nas Nuvens, é possível:
- Ter uma agenda online disponível em tempo real, 24 horas por dia;
- Contar com uma sala de espera virtual;
- Ter mais que duas pessoas online, como médicos de outras especialidades atuando em conjunto ou realização de terapia coletiva para psicólogos;
- Realizar consultas por chamada de vídeo dentro da própria plataforma;
- Realizar a gravação consentida;
- Cobrar as consultas realizadas;
- Formular e assinar uma prescrição digital;
- Preencher o prontuário online e compartilhá-lo com o paciente.
- Entre outros recursos.
Como garantir a segurança dos dados e obter o consentimento dos pacientes para consultas de telemedicina?
A principal maneira de garantir a segurança das informações sensíveis é usar um sistema para telemedicina com criptografia e controle de acesso. É importante também orientar os pacientes sobre o uso seguro das plataformas, incluindo boas práticas para evitar acessos não autorizados.
Já o consentimento informado para que o paciente compreenda o que é telemedicina e os riscos e limitações do atendimento a distância, deve ser coletado por escrito ou de forma eletrônica, com registro em prontuário.
Se optar por oferecer telemedicina, por onde começar?
O primeiro passo é saber como escolher uma plataforma de telemedicina. Um bom sistema deve ser intuitivo e oferecer uma interface fácil de usar tanto para médicos quanto para pacientes e facilitar o processo de agendamento, consulta e comunicação.
O Clínica nas Nuvens, por exemplo, tem funcionalidades que apoiam inclusive no faturamento das teleconsultas, além é claro, do agendamento, lembretes emissão de notas fiscais, tudo em um só sistema. Então procure por aquele que vai facilitar sua rotina desde o início.
Ao selecionar seu sistema, tente estabelecer o valor das consultas online. Avalie os preços cobrados por outros médicos na mesma especialidade e região.
Inclua no cálculo o custo com plataformas de telemedicina, equipamentos de qualidade e qualquer outro investimento necessário para um atendimento eficaz e seguro. Por fim, verifique as recomendações do CFM sobre valores e o que pode ser cobrado em consultas online para garantir conformidade com as normas éticas.
O passo final antes de iniciar os atendimentos é divulgar os seus serviços de telemedicina. Tenha um site atualizado, utilize seus perfis em redes como Instagram e informe seus pacientes atuais sobre a opção de telemedicina por e-mail ou mensagem, explicando as vantagens e como agendar.
Conclusão
Para garantirem a qualidade dos serviços prestados aos pacientes, bem como atualizarem os procedimentos conforme surgem as necessidades, médicos e clínicas devem estar sempre atentos aos avanços da telemedicina.
Afinal, essa é uma área que cresce cada vez mais e demanda conhecimentos específicos para promover e facilitar com sucesso o acesso à saúde! Conheça a telemedicina do Clínica nas Nuvens!