Prontuário ABA: como registrar corretamente o atendimento  

Prontuário ABA: como registrar corretamente o atendimento  

A Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, é uma abordagem terapêutica com base científica voltada especialmente para o tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). Um dos pilares do sucesso da terapia ABA está na organização e no registro detalhado de cada atendimento. É aí que entra o prontuário ABA. 

O que vamos apresentar neste texto é um checklist de tudo que é necessário constar na sua documentação de acompanhamento, como funciona o prontuário para a abordagem ABA, e como você pode utilizar um sistema de prontuário flexível e personalizável como o do Clínica nas Nuvens para realizar esses registros de forma prática e eficaz. 

prontuário eletrônico

O que é um prontuário ABA? 

O prontuário ABA é um documento clínico que reúne todas as informações relevantes do paciente em processo de intervenção comportamental. Ele serve como base para acompanhar o desenvolvimento da criança (ou paciente), avaliar o impacto das estratégias utilizadas e ajustar os planos de intervenção quando necessário. 

Entre os dados mais comuns registrados em um prontuário ABA, estão: 

  • Plano de intervenção individualizado; 
  • Metas e objetivos terapêuticos; 
  • Registros de sessões com frequência, duração e atividades realizadas; 
  • Avaliações e evolução comportamental; 
  • Comunicação com familiares e outros profissionais da equipe multidisciplinar. 

O que é importante conter no prontuário para ABA? 

Para registrar todo o atendimento da forma correta, um terapeuta ABA precisa considerar diversos aspectos para ter a precisão, a ética e a eficácia da intervenção desde a anamnese ABA. O que inclui: 

1. Detalhes essenciais da sessão: 

  • Data e horário: registrar a data e o horário de início e fim da sessão. 
  • Terapeuta: identificar o terapeuta responsável pela sessão. 
  • Paciente: identificar claramente o paciente atendido. 
  • Local: indicar o local onde a sessão ocorreu (clínica, casa, escola, etc.). 
  • Participantes: registrar a presença de outros indivíduos relevantes (pais, cuidadores, professores, etc.). 
  • Materiais utilizados: listar os materiais, brinquedos ou recursos utilizados durante a sessão. 

2. Definição clara dos comportamentos alvo: 

Observabilidade e mensurabilidade: Os comportamentos registrados devem ser definidos de forma clara, objetiva e mensurável. Isso significa que qualquer pessoa deve ser capaz de observar o comportamento e concordar se ele ocorreu ou não. Evitar termos vagos ou subjetivos. 

Exemplos e não exemplos: Para garantir a clareza, pode ser útil incluir exemplos específicos do comportamento e também exemplos do que não é considerado o comportamento alvo. 

3. Escolha do método de registro adequado: 

  • Ocorrência/não ocorrência: registrar se o comportamento ocorreu ou não durante um período específico. 
  • Frequência: contar o número de vezes que o comportamento ocorre durante uma sessão ou período de tempo. 
  • Duração: medir o tempo que o comportamento persiste. 
  • Latência: registrar o tempo entre um estímulo (instrução dada anteriormente) e o início do comportamento. 
  • Magnitude/intensidade: avaliar a força ou intensidade do comportamento (pode ser subjetivo e requer escalas bem definidas). 
  • Intervalo: dividir a sessão em intervalos e registrar se o comportamento ocorreu em cada intervalo (registro de intervalo parcial, total ou momentâneo). 
  • Registro ABC (Antecedente-Comportamento-Consequência): descrever o que aconteceu imediatamente antes do comportamento, o comportamento em si e o que aconteceu imediatamente depois. Essencial para análise funcional. 

4. Registro dos programas e objetivos trabalhados: 

Programas ativos: indicar os programas de ensino ou de redução de comportamentos que foram implementados durante a sessão. 

Passos ou tentativas: registrar o número de tentativas realizadas em cada passo do programa. 

Nível de ajuda: documentar o tipo e o nível de ajuda fornecida ao paciente para realizar a resposta (e.g., físico total, parcial, modelo, verbal, visual, independente). 

Critério de desempenho: registrar se o critério de desempenho para cada passo foi atingido. 

5. Notas adicionais e contextuais: 

Observações gerais: registrar quaisquer observações relevantes sobre o comportamento do paciente, o ambiente, os antecedentes atípicos ou outros fatores que possam ter influenciado a sessão. 

Mudanças no plano: documentar quaisquer desvios do plano de intervenção original e a justificativa para essas mudanças. 

Progresso e regressão: anotar qualquer progresso significativo ou regressão observada em relação aos objetivos. 

Comunicação com outros: registrar informações importantes trocadas com pais, cuidadores ou outros profissionais. 

6. Segurança e confidencialidade: 

Armazenamento seguro: manter todos os registros em um local seguro e confidencial, de acordo com as diretrizes éticas e legais. 

Acesso restrito: garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso aos registros. 

Por que é importante contar com um prontuário digital? 

De acordo com a Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental, “O profissional deve […] desenvolver um sistema de coleta de dados; avaliar o progresso dos comportamentos na intervenção a partir da análise dos dados e redefinir os objetivos.” 

Ainda hoje, muitos profissionais da saúde utilizam fichas físicas ou planilhas para registrar os atendimentos. Só que, com o crescimento da demanda por terapias baseadas em ABA e o envolvimento de equipes multidisciplinares, essa prática pode se tornar inviável e até prejudicial para o andamento dos casos. 

Optar por um prontuário eletrônico ABA, especialmente quando está em software médico, traz diversas vantagens, como a centralização das informações. Tudo fica em um só lugar, acessível a qualquer momento. 

E conforme mencionado acima, a segurança de dados é muito importante e no prontuário digital é muito maior. É possível encontrar sistemas com criptografia, backups automáticos e controle de acesso por usuário. 

Outros pontos importantes são a eficiência no atendimento e a facilidade para ajustes. O profissional gasta menos tempo com papelada e consegue realizar edições rápidas nos planos de intervenção e metas. 

Mas existe um prontuário específico para ABA? 

Essa é uma dúvida comum, e totalmente compreensível. A verdade é que a terapia ABA exige um tipo de registro bastante detalhado e personalizado, o que faz muitos profissionais buscarem soluções específicas. 

No entanto, o que poucos sabem é que nem sempre é preciso um prontuário “etiquetado” como ABA para realizar um bom trabalho clínico. O mais importante é contar com um sistema para clínica ABA flexível e personalizável, que se adapte às necessidades do profissional e permita a criação de campos específicos conforme cada caso. 

Fichas de anamnese

Como o Clínica nas Nuvens pode ajudar? 

O Clínica nas Nuvens é um sistema de gestão voltado para clínicas, que oferece um prontuário eletrônico altamente personalizável. Significa que, mesmo não sendo exclusivo para a metodologia ABA, ele pode ser ajustado para atender perfeitamente aos registros dessa abordagem. 

Com ele, você pode: 

  • Criar modelos de anamnese personalizados, incluindo campos específicos de avaliação comportamental; 
  • Registrar as sessões de forma detalhada, com espaço para metas, comportamentos observados e intervenções realizadas; 
  • Acompanhar a evolução do paciente ao longo do tempo; 
  • Inserir documentos complementares, como vídeos, imagens e PDFs; 
  • Compartilhar informações com outros membros da equipe de forma segura. 

Além disso, o Clínica nas Nuvens também conta com agendamento, controle financeiro, teleatendimento e gestão de prontuários, tudo em uma plataforma intuitiva e acessível de qualquer dispositivo. 

Quais profissionais podem se beneficiar? 

O prontuário personalizável do Clínica nas Nuvens é útil para todos os profissionais envolvidos em atendimentos com essa abordagem, como: 

  • Psicólogos; 
  • Terapeutas ocupacionais; 
  • Fonoaudiólogos; 
  • Fisioterapeutas 
  • Supervisores clínicos. 

Mesmo que cada um atue com um foco diferente, o prontuário unificado permite que todos falem a mesma língua na hora de cuidar do paciente o que é essencial em processos terapêuticos mais complexos. 

Prontuário eficiente, atendimento de qualidade 

Um dos maiores desafios dos profissionais da saúde é encontrar tempo para preencher e organizar os prontuários. Por isso, um sistema que simplifica esse processo, sem abrir mão da qualidade dos registros, faz toda a diferença. 

O Clínica nas Nuvens foi pensado exatamente para isso. A personalização é feita de forma intuitiva, sem a necessidade de conhecimentos técnicos ou longos treinamentos. Você ajusta os campos, cria seus modelos e começa a registrar. 

Ter um prontuário flexível, digital e que se adapta à sua rotina é uma forma de valorizar o seu trabalho e oferecer um cuidado ainda mais qualificado aos seus pacientes. 

Quer experimentar um prontuário que se molda às suas necessidades? Conheça o Clínica nas Nuvens e veja como ele pode ser seu parceiro na rotina clínica com ABA. 

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Mariana dos Santos Jose

Mariana dos Santos Jose

Redatora com expertise em criação de conteúdos digitais de negócios para negócios. Focada em tecnologia, acredita nas palavras como pontes para soluções com iniciativas valiosas como o Clínica nas Nuvens.
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