A saúde é uma área em constante desenvolvimento. Prova disso é o fato de novas descobertas na Medicina serem realizadas periodicamente em tratamentos, equipamentos tecnológicos e medicamentos para determinadas doenças.
Tudo isso é feito com o suporte da ciência e da tecnologia, que andam lado a lado com a saúde. A seguir, conheça as principais descobertas feitas nos últimos anos e os impactos positivos de cada uma delas na sociedade. Boa leitura!
1. Vacinas contra a COVID-19
Nos últimos anos, o mundo enfrentou uma das piores pandemias da história. De acordo com o Painel Coronavírus elaborado pelo Ministério da Saúde, mais de 34 milhões de casos foram confirmados e mais de 600 mil óbitos por COVID-19 foram registrados no país até setembro deste ano.
São números bastante expressivos e preocupantes, mas graças à ciência, foi possível diminuir os casos e as mortes por conta do vírus. No dia 8 de dezembro de 2020, a primeira vacina contra a COVID-19 foi aplicada no Reino Unido, configurando-se como uma das principais novas descobertas na Medicina.
Ao longo do tempo, desde o surgimento do vírus até a imunização da população mundial, o desenvolvimento de diversas vacinas ocorreu ao redor do mundo. Hoje, a Organização Mundial reconhece um total de dez vacinas para uso emergencial.
No Brasil, há quatro vacinas autorizadas pela Anvisa: Comirnaty (Pfizer/Wyeth), Coronavac (Butantan), Oxford/Covishield (Fiocruz e Astrazeneca), Janssen Vaccine (Janssen-Cilag). A vacina Sputnik possui autorização para importação excepcional.
2. Terapia CAR-T
Entre as inovações da Medicina, a Terapia CAR-T também merece destaque. Esse tratamento tem o objetivo de reprogramar as células de defesa do paciente com o intuito de tratar o câncer.
No Brasil, essa terapia é estudada pelo Instituto Butantan, juntamente da Faculdade de Medicina de São Paulo e de Ribeirão Preto e do Hemocentro de Ribeirão Preto. Nos EUA, a Terapia CAR-T foi aprovada pela agência reguladora do país em 2017.
De acordo com o Butantan, o primeiro brasileiro a receber a terapia foi um homem de 62 anos chamado Vamberto Luiz de Castro. O resultado foi a remissão total de um linfoma não Hodgkin em estágio terminal em menos de um mês. Além dele, outros pacientes tratados tiveram remissão total ou parcial do câncer.
3. Genoma de ancestrais humanos extintos
Outra nova descoberta realizada nos últimos anos rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2022 ao biólogo Svante Pääbo. Isso porque ele fez importantes descobertas sobre o genoma de ancestrais humanos extintos, o que deu origem a um campo científico totalmente novo: a paleogenética.
De acordo com o comitê do Nobel, o cientista sueco sequenciou o genoma do Homo neanderthalensis, identificado como um parente extinto do Homo sapiens. Além disso, Svante Pääb descobriu o Denisova, um hominídeo anteriormente desconhecido.
Com isso, o cientista sueco realizou outra importante descoberta: a transferência de genes desses hominídeos chamados de Denisova para a espécie a qual pertencemos atualmente.
Essas novas descobertas científicas na Medicina possibilitam entender mais sobre o povoamento do mundo há mais de 70 mil anos, algo extremamente importante para a sociedade.
4. Medicamento novo para tratamento de HIV
Em novembro de 2021, a Anvisa aprovou o dovato, novo medicamento para o tratamento de HIV. Diferente dos já receitados, o remédio possibilita um tratamento com uma única pílula, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Por isso, merece destaque entre as novas descobertas na Medicina.
Em entrevista para o Viva Bem UOL, Valdez Madruga, infectologista e coordenador do Comitê de Aids/HIV da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), diz que o novo remédio facilita o tratamento da doença.
“Há diversos estudos que mostram que o risco de falha por esquecimento de tomar o remédio, por exemplo, é bem menor quando o tratamento é feito com uma única pílula. Então, isso facilita a adesão ao tratamento”, afirma.
5. Vacina contra malária
Para fechar esta lista com as 5 grandes descobertas na área da Medicina, a vacina contra a malária não poderia ficar de fora. Isso porque ela pode ser considerada uma conquista histórica, tendo em vista a gravidade da doença.
De acordo com o Boletim Epidemiológico 2020 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, foram mais de 60 mil casos da doença no país somente no primeiro semestre daquele ano.
Em 2021, após décadas de pesquisa, o primeiro imunizante contra a malária foi aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerado uma das mais importantes entre as novas descobertas na Medicina.
A vacina beneficia principalmente a África Subsaariana, que concentra a maior parte dos casos e das mortes causadas pela doença: mais de 260 mil crianças todos os anos.
Infelizmente, essa descoberta não chegou ao Brasil, pois é voltada para outro tipo de protozoário que não o presente na malária que acomete os brasileiros. Porém, a Fiocruz já trabalha em uma vacina nacional, com apoio de instituições de outros países.
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