Médicos Sem Fronteiras: o que é e como funciona 

Médicos Sem Fronteiras: o que é e como funciona 

Reconhecida como a maior organização não governamental de ajuda humanitária do mundo, o Médicos Sem Fronteiras (MSF) tem como objetivo oferecer ajuda médica a populações em situação de emergência, como conflitos de guerra, catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. 

Hoje, já são mais de 70 países atendidos pela organização que completou 50 anos de atividade. A seguir, conheça mais sobre o MSF e o importante papel que possui mundialmente. 

Um pouco da história do Médicos Sem Fronteiras

A história do programa Médicos Sem Fronteiras iniciou em 1971 na França. A fundação da organização aconteceu com a iniciativa de jovens médicos e jornalistas, liderados pelo médico francês Bernard Kouchner. 

A primeira ação realizada pelo programa aconteceu em 1972 na Nicarágua, após um terremoto devastar o país. Em 1999, o projeto recebeu o prêmio Nobel da Paz, como reconhecimento da atuação no combate em favor da ingerência humanitária. 

Com sede em Genebra, na Suíça, o Médicos Sem Fronteiras conta com mais de 36 mil profissionais de diferentes especialidades e nacionalidades atuando na organização, presidida atualmente pelo médico grego Christos Christou. 

Para as ações humanitárias acontecerem, o MSF conta com doações privadas (97,2%), governamentais (1,4%) e outras receitas (1,4%). Cerca de 80% do valor arrecadado é destinado para atividades de ajuda humanitária, enquanto 20% é utilizado em despesas administrativas e reinvestido em ações para captação de recursos. 

A área de atuação do Médicos Sem Fronteiras engloba 72 países, com 23 escritórios, em África do Sul, Quênia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Grécia, Holanda, Hong Kong, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça.

Também há filiais em: China, Cingapura, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Finlândia, Índia, Irlanda, Líbano, México, Nova Zelândia, República Tcheca, Rússia, Taiwan e Uruguai. 

Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras no Brasil

O MSF Brasil teve início em 1991, quando profissionais do programa desembarcaram no país para atuar no combate à cólera, que era considerada uma epidemia na Amazônia naquela época. 

Desde então, a organização tornou-se uma atuante progressiva no país. Nos últimos anos, trabalhou fortemente em ações relacionadas à COVID-19, realizando atendimento à população mais vulnerável. Só em 2020, o Fundo de Crise de COVID-19 do Médicos Sem Fronteiras arrecadou mais de R$ 19 milhões. 

Dessa forma, foi possível direcionar centenas de funcionários do MSF para atuar em resposta à crise sanitária, durante 18 meses, realizando atividades intensivas nos 7 estados do país, considerados mais afetados: São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. 

Além da intensa atividade de campo, os profissionais da organização trabalharam com foco em enfatizar a importância das medidas de higiene e do distanciamento físico para a população.

Hoje, o Brasil conta com a Unidade Médica do Brasil (Bramu), localizada no Rio de Janeiro, que tem o objetivo de prestar suporte técnico em saúde e antropologia aos projetos realizados pela organização ao redor do mundo. As ações realizadas são financiadas com recursos de cidadãos brasileiros.

Para ter uma ideia da importância da atuação do Médicos Sem Fronteiras no Brasil, só em 2020, foram enviados mais de 100 brasileiros de várias especialidades para atuar em projetos ao redor do mundo, contando com o apoio de quase 600 mil doadores. 

Como atuar como médico no MSF?

Para trabalhar no Médicos Sem Fronteiras, é necessário acompanhar as vagas disponíveis e observar os critérios necessários para o cargo de interesse. De acordo com o MSF, é essencial que os médicos tenham experiência nas áreas de atuação, mostrando serem motivados e flexíveis.

Além disso, é importante que estejam cientes sobre a necessidade de atuação em culturas e contextos sociais diferentes, em muitos casos, vivenciando situações de extrema precariedade e risco. Por fim, os profissionais que desejam ser parte do MSF devem possuir disponibilidade para atuar por longos períodos no exterior. 

Para se candidatarem às vagas de interesse, os médicos precisam enviar um currículo, em alguns casos, em outras línguas, e acompanhar o andamento do processo de seleção, que pode ser seguido de ligação telefônica, encontro presencial, reuniões, entrevistas e testes. 

Para saber mais sobre a organização e as vagas disponíveis, é só acessar o site do MSF e conferir tudo sobre o programa, incluindo valores arrecadados anualmente e a forma de aplicação de cada recurso. 

Ao acessar o site do Médicos Sem Fronteiras, também é possível conhecer um pouco mais sobre cada projeto realizado nos mais de 70 países atendidos ao longo dos 50 anos de atuação. Por fim, dá para realizar doações a partir de R$ 1,26 por dia. 

A importância de projetos humanitários na saúde

Infelizmente, muitas regiões do mundo estão desassistidas por conflitos de guerra, pobreza, catástrofes ambientais, exclusão social, entre outros fatores.

Nesses contextos, os projetos humanitários sem fins lucrativos são essenciais e, em muitos casos, os únicos recursos para essas populações vulneráveis serem incluídas no restante da sociedade, recebendo tratamento digno e humano

Para conhecer mais sobre projetos como o Médicos Sem Fronteiras e a importância de organizações como essa para o mundo, continue acompanhando o blog do Clínica nas Nuvens

Leia também:

Software para clínicas
Compartilhe
André Luiz Forchesatto

André Luiz Forchesatto

Ajudo a facilitar a rotina de nossos clientes, gerenciando o time que trabalha constantemente para simplificar a gestão de clínicas, consultórios e centros médicos pelo Brasil.
Compartilhar Inscreva-se