A anamnese é um dos instrumentos mais valiosos no atendimento clínico. É por meio dela que o profissional de saúde coleta informações essenciais sobre o paciente, compreende sua realidade e constrói um caminho diagnóstico mais seguro. Dentro desse processo, a História Patológica Pregressa (HPP) ocupa um papel central.
Mas afinal, o que significa esse termo tão comum nas anamneses? Qual a sua importância e como preenchê-la de forma correta?
Neste artigo, vamos responder a essas perguntas de forma prática e acessível, além de mostrar por que um registro digital pode facilitar essa etapa do atendimento. Confira!

O que é História Patológica Pregressa?
De forma simples, a História Patológica Pregressa é o registro de todas as doenças, condições e situações clínicas pelas quais o paciente já passou. O termo é muito usado em prontuários médicos e está diretamente ligado à anamnese.
Mas não se trata apenas de listar enfermidades antigas. A HPP na anamnese deve incluir informações como:
- doenças crônicas já diagnosticadas;
- episódios de internações hospitalares;
- cirurgias realizadas;
- alergias conhecidas;
- uso contínuo de medicamentos;
- histórico de traumas ou acidentes importantes.
Esses dados ajudam a montar um retrato mais completo do paciente. Assim, o médico não olha apenas para os sintomas atuais, mas para a linha do tempo de sua saúde.
Por que a História Patológica Pregressa é importante?
Imagine atender um paciente com dor abdominal intensa sem saber que ele já fez uma cirurgia de apêndice ou que possui histórico de gastrite crônica. Sem esse conhecimento, o diagnóstico pode ser mais demorado, impreciso e até arriscado.
A História Patológica Pregressa é fundamental porque:
Apoia o raciocínio clínico: Um médico que conhece as condições prévias do paciente consegue avaliar melhor os sintomas atuais e chegar mais rápido a uma hipótese diagnóstica.
Evita riscos e complicações: Saber sobre alergias medicamentosas, por exemplo, pode evitar prescrições perigosas.
Favorece a continuidade do cuidado: Quando o paciente passa por diferentes especialistas, a HPP garante que todos tenham acesso ao mesmo histórico, sem lacunas de informação.
Cria vínculo com o paciente: Perguntar sobre o histórico de saúde mostra atenção e interesse, fortalecendo a relação médico-paciente.
Como fazer a História Patológica Pregressa?
Preencher a HPP na anamnese não precisa ser complicado. O segredo é ter clareza sobre quais informações são realmente relevantes e organizá-las de forma lógica. Veja alguns passos:
1. Pergunte sobre doenças crônicas
“Você tem alguma doença diagnosticada que precisa de acompanhamento contínuo, como hipertensão, diabetes ou asma?”
Esse tipo de pergunta aberta facilita a coleta de dados, especialmente quando o paciente não se lembra do termo exato da doença.
2. Investigue internações e cirurgias
“Já precisou ficar internado ou passou por algum procedimento cirúrgico? Em que ano foi e qual o motivo?”
Essas informações ajudam a identificar possíveis sequelas ou fatores de risco.
3. Não esqueça das alergias
“Tem alergia a algum medicamento, alimento ou substância?”
Esse registro deve sempre estar visível e atualizado no prontuário, por razões de segurança.
4. Considere o uso de medicamentos contínuos
“Você faz uso de algum remédio de forma contínua? Qual a dose e frequência?”
Muitas vezes, o paciente pode não considerar isso relevante, mas essas informações são cruciais para evitar interações medicamentosas.
5. Inclua acidentes ou traumas relevantes
Histórico de fraturas, acidentes de carro ou traumas maiores também deve ser mencionado, principalmente se deixou sequelas.

Dicas de como preencher HPP na anamnese com eficiência
- Seja objetivo: evite anotações muito longas e pouco práticas.
- Organize por categorias: doenças, cirurgias, alergias e medicamentos.
- Atualize sempre: a HPP não é estática; deve ser revisada a cada nova consulta.
- Escute o paciente: nem sempre ele sabe o nome técnico da condição, mas suas descrições podem direcionar a investigação.
Exemplos práticos de HPP na anamnese
Para deixar mais claro, veja dois exemplos de como pode aparecer o preenchimento da HPP em um prontuário:
Exemplo 1:
- Hipertensão arterial diagnosticada em 2015.
- Cirurgia de colecistectomia em 2020.
- Alergia a dipirona.
- Uso contínuo de losartana 50mg.
Exemplo 2:
- Asma desde a infância, em acompanhamento.
- Internação hospitalar em 2018 por pneumonia.
- Sem alergias conhecidas.
- Sem uso de medicamentos contínuos.
Note que o registro é objetivo e facilita a consulta futura, sem deixar espaço para dúvidas.
Erros comuns ao preencher a História Patológica Pregressa
Mesmo sendo uma etapa básica, alguns erros ainda são frequentes:
Anotações incompletas: registrar apenas “hipertensão” sem mencionar desde quando ou qual o tratamento atual.
Generalizações: usar termos vagos como “problema de estômago” em vez de especificar a doença.
Falta de atualização: não revisar o histórico a cada nova consulta.
Deixar de registrar informações do paciente que ele considera importantes: às vezes, um detalhe aparentemente irrelevante pode ser útil em outra especialidade.
Por que você deve utilizar uma anamnese digital
Até aqui, falamos da importância da História Patológica Pregressa e de como preencher corretamente a HPP na anamnese. Mas existe uma forma de tornar esse processo ainda mais seguro e prático: a anamnese digital.
Com um sistema de gestão para clínicas, como o Clínica nas Nuvens, é possível:
- manter todos os registros de forma organizada e acessível de qualquer lugar;
- personalizar os modelos de anamnese de acordo com a especialidade;
- atualizar facilmente as informações do paciente a cada consulta;
- garantir a segurança dos dados com armazenamento em nuvem.
Além de reduzir erros, a anamnese digital facilita o dia a dia do profissional de saúde e melhora a experiência do paciente.
A História Patológica Pregressa é muito mais que um campo a ser preenchido no prontuário. É um recurso essencial para diagnósticos assertivos, para a segurança do paciente e para a qualidade do atendimento. Ao migrar esse processo para o digital, sua clínica ganha em agilidade, organização e confiabilidade.
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