Prontuário eletrônico com inteligência artificial é seguro? 

Prontuário eletrônico com inteligência artificial é seguro? 

A inteligência artificial na medicina já é um assunto muito presente quando se trata de exames e diagnósticos. Mas uma pauta importante para a prestação dos serviços médicos ainda pouco conhecida é o prontuário eletrônico com inteligência artificial

Este é um campo pouco explorado, mas também uma grande oportunidade para quem for pioneiro e levar esta tecnologia para sua clínica. Neste artigo, vamos descomplicar o conceito de IA, discutir suas aplicações no prontuário eletrônico, e como essa inovação pode ser segura se utilizada corretamente. Veja! 

prontuário eletrônico com inteligência artificial

O que é inteligência artificial na saúde? 

IA é a capacidade das máquinas de realizarem tarefas que normalmente requerem inteligência humana. São capazes, por exemplo, de aprender com experiências passadas, reconhecer padrões, entender linguagem natural, tomar decisões e até resolver problemas complexos. 

Na prática, IA pode ser vista em várias formas ao nosso redor, desde as sugestões de filmes que você vê na Netflix até o GPS que planeja a melhor rota no trânsito. O que todas essas aplicações têm em comum é a capacidade de processar grandes quantidades de dados rapidamente, identificar padrões e tomar decisões baseadas nessas informações. 

A inteligência artificial na saúde pode ajudar a personalizar e melhorar o atendimento ao paciente. Por exemplo, imagine uma IA que pode transcrever o prontuário eletrônico por voz, ou seja, o médico e o paciente conversam naturalmente e a IA grava e transcreve o que é falando, organizando de uma forma estruturada dentro do prontuário do paciente. 

É isso que a IA na saúde traz: uma nova camada de informações que complementa o conhecimento e a experiência dos profissionais de saúde. E no caso do prontuário eletrônico com inteligência artificial pode fazer uma grande diferença no atendimento. 

prontuário eletrônico

IA no prontuário eletrônico 

Com a inteligência artificial, os prontuários eletrônicos podem se tornar muito mais do que um simples repositório de dados. Se utilizada adequadamente ela pode ser capaz de automatizar o preenchimento de informações, ou seja, se tornar um prontuário por voz. 

À medida que o médico e paciente conversam, e o médico dita notas e informações do paciente a IA preenche o prontuário diretamente no sistema para clínicas de forma estruturada, sem que o médico precise digitar no prontuário eletrônico. Essa funcionalidade permitiria que o médico se concentre mais no que o paciente está relatando e isso pode melhorar a qualidade do atendimento. 

Unido a um prontuário personalizável e um sistema para clínicas que centraliza todas as informações do paciente, o médico teria uma ferramenta que agregaria muito em suas consultas como um diferencial de agilidade e inovação. 

Facilidade de uso 

É comum que a palavra “tecnologia” venha acompanhada de preocupações sobre sua complexidade, necessidade de longas instalações ou até cursos para aprender a utilizar novos softwares médicos. Mas com a IA, a realidade é bem diferente. 

Os prontuários eletrônicos com IA são projetados para serem intuitivos e fáceis de usar. Não é preciso ser um especialista em tecnologia ou entender os detalhes mais profundos da inteligência artificial na saúde para tirar proveito dessas ferramentas. 

Na verdade, muitos desses sistemas para clínicas funcionam de forma tão simples quanto uma conversa com um assistente virtual. Você fala, a IA grava e transcreve, organiza e registra as informações e até oferece sugestões de diagnóstico, prescrição de exames e medicamentos. 

Quanto à instalação, a maioria das soluções modernas é baseada em nuvem, o que significa que você não precisa se preocupar com downloads complicados ou manutenção técnica. Tudo é acessado diretamente pela internet, em um único software médico, e as atualizações são feitas automaticamente, sem interrupções. 

ficha de anamnese

Segurança e questões éticas no prontuário eletrônico com inteligência artificial 

Uma preocupação comum quando falamos de tecnologia na saúde é a segurança dos dados. De fato, sistemas para clínicas podem pedir direito de uso de dados para diversos fins e no caso da saúde, estamos falando de dados sensíveis que requerem uma atenção especial. 

Por isso, não é recomendado utilizar qualquer tipo de prontuário eletrônico com inteligência artificial. Por conta da necessidade de instruções claras sobre o uso da tecnologia, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), criou um relatório global sobre inteligência artificial na saúde. 

O documento nada mais é do que uma série de orientações sobre o que é necessário, em termos de ética e direitos humanos, para desenhar, implementar e utilizar ferramentas de IA da saúde. 

Para se ter uma ideia, ele apresenta 6 princípios para garantir que a inteligência artificial funcione para o interesse público em todos os países. São eles: 

  1. Proteger a autonomia humana; 
  1. Promover o bem-estar, a segurança humana e o interesse público; 
  1. Garantir transparência, entendimento e clareza; 
  1. Promover responsabilidade e prestação de contas; 
  1. Garantir inclusão e equidade; 
  1. Promover inteligência artificial que seja responsiva e sustentável. 

Por isso, é essencial que as clínicas e consultórios escolham fornecedores que tenham esses princípios como base e que garantam a conformidade com as regulamentações de privacidade e proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). 

Do ponto de vista ético, é importante que o prontuário eletrônico com inteligência artificial seja usado como uma ferramenta para auxiliar, e não substituir, o julgamento médico. O uso dessa tecnologia deve sempre ser transparente para o paciente, garantindo que ele saiba como seus dados estão sendo utilizados. 

O futuro da saúde 

O prontuário eletrônico com inteligência artificial é uma evolução natural na busca por uma medicina mais eficiente, ágil e personalizada. Embora ainda estejamos no início dessa jornada, os benefícios são claros.  

A chave para o sucesso estará na escolha de tecnologias que priorizem a segurança, a ética e a facilidade de uso, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento médico.  

prontuário eletrônico com inteligência artificial
Compartilhe
Mariana dos Santos Jose

Mariana dos Santos Jose

Redatora com expertise em criação de conteúdos digitais de negócios para negócios. Focada em tecnologia, acredita nas palavras como pontes para soluções com iniciativas valiosas como o Clínica nas Nuvens.
Compartilhar Inscreva-se