Conhecer bem o paciente é a base fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento efetivo. Porém, muitas vezes, profissionais se sentem perdidos na hora de formular as perguntas para anamnese psicológica.
Neste artigo, apresentaremos as 12 perguntas essenciais para que sua anamnese seja mais eficaz e reveladora. Se conseguir compreender o que realmente importa na vida do paciente, será possível criar um ambiente de confiança e promover uma escuta ativa que traga à tona emoções e experiências importantes.
Veja como cada questão pode abrir portas para um entendimento mais profundo!
Anamnese psicológica e entrevista psicológica são a mesma coisa?
Apesar de estarem relacionados, esses dois termos não significam exatamente a mesma coisa. Mas é natural que ao pensar em perguntas para anamnese psicológica, apareça esse tipo de questionamento.
A entrevista psicológica é uma técnica mais ampla, que pode ocorrer em diferentes momentos do processo clínico e com diferentes objetivos, como avaliação, investigação diagnóstica, triagem, orientação, entre outros.
Já a anamnese é uma modalidade específica de entrevista, com foco na coleta de dados históricos do paciente de psicologia. Ou seja, podemos dizer que toda anamnese é uma entrevista, mas nem toda entrevista é uma anamnese.
A diferença é que a anamnese se destaca por acontecer geralmente no início do acompanhamento e por seu caráter investigativo e estruturado, mesmo que a escuta seja flexível.

Quanto tempo dura uma anamnese psicológica?
Essa é uma pergunta frequente, e a resposta é: depende. Não há uma regra fixa de tempo, pois a duração da anamnese é flexível e adaptável às necessidades de cada caso.
Em geral, uma anamnese pode durar de uma a três sessões, especialmente em processos iniciais com adultos. Em alguns contextos, como na avaliação neuropsicológica, ela pode ser mais extensa e detalhada. O importante não é a duração em si, mas a profundidade e a qualidade da coleta de informações.
Um erro comum é tentar esgotar todas as perguntas para a anamnese psicológica em uma única sessão, o que pode sobrecarregar o paciente e prejudicar o estabelecimento do vínculo. Se o paciente demonstra desconforto ou fadiga, é fundamental ter a sensibilidade de pausar e retomar em outro momento.
O objetivo não é cumprir um roteiro, mas sim permitir que o paciente se sinta à vontade para compartilhar sua história no seu próprio ritmo.
Perguntas para anamnese psicológica eficaz
Mais do que levantar dados básicos como nome, idade e estado civil, a anamnese psicológica é uma ferramenta estratégica para iniciar o processo terapêutico com profundidade e direção.
Nesta lista, não vamos nos ater às informações administrativas ou de conhecimento comum, mas sim às perguntas para anamnese psicológica que ajudam a construir um retrato emocional, relacional e comportamental do paciente. Entenda também, o que cada uma das perguntas é capaz de proporcionar em termos de insights para a terapia. Veja!
- “O que te motivou a buscar atendimento psicológico neste momento da sua vida?” – Identifica gatilhos atuais e a urgência da demanda.
- “Você já fez terapia antes? Como foi essa experiência?” – Entende resistências, expectativas e histórico de vínculo terapêutico.
- “Como você descreveria sua rotina atual, incluindo trabalho, descanso e lazer?” – Permite mapear equilíbrio de vida, sobrecargas e fatores de estresse.
- “Como é (ou foi) sua relação com sua família de origem?” – Ajuda a identificar padrões afetivos e possíveis influências transgeracionais.
- “Como lida com sentimentos como raiva, tristeza e frustração?” – Investiga o manejo emocional e possíveis mecanismos de defesa.
- “Existe algo em você que gostaria de mudar ou entender melhor?” – Aponta demandas subjetivas e abre espaço para o autoconhecimento.
- “Você sente que consegue se expressar e ser compreendido nas suas relações?” – Avalia comunicação afetiva e possíveis dinâmicas de silenciamento.
- “Quais eventos marcantes (positivos ou negativos) você considera importantes na sua vida?” – Acessa memórias estruturantes e traumas que influenciam o presente.
- “Você faz uso de alguma medicação ou já teve diagnóstico médico/psiquiátrico?” Garante segurança clínica e permite integração com outros cuidados de saúde.
- “Quais são suas principais fontes de apoio hoje?” – Mapeia a rede de suporte emocional e social disponível.
- “Tem algo que você evita falar ou teme que possa surgir ao longo do processo terapêutico?” – Abre espaço para resistências e temas sensíveis, já sinalizando cuidado e acolhimento.
- “Como você percebe seu corpo e sua saúde de forma geral?” – Explora a relação com o corpo, percepção somática e possíveis queixas psicossomáticas.

O olhar do Conselho Federal de Psicologia (CFP) sobre a anamnese
Na psicologia, a ética e a técnica são inseparáveis. E apesar do Conselho Federal de Psicologia (CFP) não ter uma resolução específica sobre anamnese, a prática está incorporada como avaliação psicológica e como tal possui regulamentações.
Por exemplo, a Resolução CFP nº 31/2022 apresenta diretrizes sobre coleta e organização de informações, que incluem a anamnese. A cartilha apresenta, entre outros pontos, quais os cuidados que a(o) psicóloga (o) deve ter ao realizar a avaliação psicológica mediada por tecnologias da informação e comunicação (TICs).
A Resolução CFP nº 06/2019, que constitui o Código de Ética Profissional do Psicólogo, reforça a importância do sigilo e da responsabilidade no uso das informações.
No Art. 9º, por exemplo, destaca-se a necessidade de o psicólogo zelar para que a guarda da documentação decorrente da prestação de serviços psicológicos garanta o sigilo e a privacidade dos dados. Isso se aplica diretamente aos registros da anamnese.
Tecnologia e ética: como um bom software psicológico pode ajudar na condução da anamnese
Diante das orientações do Conselho Federal de Psicologia sobre sigilo, responsabilidade e segurança na avaliação psicológica, onde se insere a anamnese, é fundamental que os profissionais também contem com ferramentas tecnológicas que estejam à altura dessas exigências.
O uso de um sistema de gestão para clínicas pode ser essencial, tanto na organização quanto na proteção dos dados sensíveis coletados durante o atendimento psicológico.
Softwares médicos como o Clínica nas Nuvens, por exemplo, oferecem um ambiente seguro para registrar as informações da anamnese, com recursos como criptografia de ponta a ponta, controle de acesso por usuário e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Mas a segurança não é o único diferencial. A flexibilidade do Clínica nas Nuvens também faz toda a diferença no dia a dia do atendimento. Com a possibilidade de personalizar os campos da anamnese, o psicólogo pode adaptar o formulário ao seu estilo de escuta, à abordagem clínica que utiliza e ao perfil dos pacientes que atende.
Se você é psicóloga(o) e busca uma forma mais segura, prática e profissional de conduzir suas anamneses, conheça o Clínica nas Nuvens. Solicite uma demonstração gratuita e veja como a tecnologia pode te ajudar.