Basicamente, Open Health é o sucesso da comunicação no nosso tempo. Mas calma, vou explicar melhor.
A tecnologia nos proporcionou avanços gigantescos nas mais variadas áreas do saber. Para qualquer conteúdo com o qual nos deparamos no Google hoje em dia, existem inúmeros processos de escalada tecnológica, no percurso dos anos e décadas, até alcançarmos este momento.
E uma das coisas mais importantes para o desenvolvimento do saber, do avanço científico e do mundo das ideias, de um modo geral, é o poder de alcance da comunicação.
Principalmente depois da segunda metade do século XX, a comunicação avançou largamente, fazendo com que um oceano de dados, informações, conhecimentos diversos, fossem sendo criados, replicados, confrontados e, no encalço da globalização, capilarizados pelos quatro cantos do mundo.
Esta divulgação em massa de conhecimentos, nos mostrou a riqueza da diversidade, mas também nos gerou alguns problemas: como organizar tudo isso? Como integrar assuntos similares? Como colar as coisas nos lugares certos e não nos perdermos no imensurável baú de informações vibrantes, brotando sem parar, por todos os lados.
A resposta é simples, mas a execução, complexa. Desde sempre buscamos organizar os saberes, os textos, os estudos, as artes, etc. Bibliotecas existem há milênios. Sua função primordial sempre foi colocar cada obra no seu devido espaço, em conjuntos com as outras que lhes eram análogas.
Nesse sentido, a resposta basicamente é: organizar! Porém, se antes o problema era organizar dezenas ou centenas de livros em uma estante, no nosso tempo, só em livros são centenas de milhões, mas isso não é nada.
Cada lugar, cada célula, cada aspecto, recanto, parte integrante de uma instituição, de uma empresa, de uma profissão, de uma matéria de aula, que seja, contém milhões de dados para serem analisados, depurados, metrificados, e por aí vai.
A chamada Big Data, área do saber que busca obter conhecimento a partir de oceanos de dados, por vezes, gerados aleatoriamente, é o cerne de uma era que suplica por organização e controle.
No campo médico, foco deste texto, a influência de todo este avanço e desta realidade apresentada, vem se transformando em padronizações sofisticadas e muito relevantes.
Dada esta breve introdução, e tendo um apanhado das mudanças tecnológicas estabelecidas nesses últimos tempos, ficará mais fácil captar o que é Open Health, qual sua importância e porque já pode ser considerado um recurso tão significativo no sistema de saúde como um todo.
O que é o Open Health
Quando disse que o Open Health é o sucesso da comunicação, é porque este sistema, que poderia significar algo como “saúde aberta”, tem como determinação o compartilhamento de dados do paciente com as áreas de saúde.
Os registros digitais do paciente, desde os primeiros atendimentos público e privado, passando por procedimentos, internações, receitas médicas, e todo o histórico descrito no prontuário eletrônico, tornam-se passível de acesso fácil, prático e seguro, através da internet, por parte do SUS e das operadoras de planos de saúde.
Obviamente, para que isso ocorra, faz-se necessário autorização prévia do paciente.
Esta ideia é tão recente e inovadora que ainda não saiu do papel e transita no campo do debate. Desde janeiro de 2022, o Ministério da Saúde do Brasil considera implementar uma MP (Medida Provisória) para colocar a plataforma Open Health em uso.
Segundo o próprio Ministério da Saúde, a implementação do sistema Open Health traria maior transparência e geraria mais dinamismo na relação entre pacientes e suas operadoras.
Em outras partes do mundo já existem iniciativas com algum sucesso, como é o caso dos Estados Unidos, México e de alguns países da Europa, com a Espanha.
Importância e vantagens do Open Health
Vamos imaginar que você entre num consultório médico e que lá peçam um exame que você tenha feito. Hoje, se você não tiver o exame em mãos, fica difícil para o médico continuar seu atendimento e, inclusive, é possível até que ele peça para você refazer o exame, pois precisa ter em mãos as informações do seu estado de saúde.
Com o Open Health ele poderá acessar seus exames rapidamente, bastando que você autorize. Ou seja, você não precisará mais levar um monte de exames, laudos, imagens, prescrições e tentar explicar todo o seu processo de consultas até aquele momento, pois os registros estarão todos na nuvem e podem ser acessados instantaneamente.
Pensando mais amplamente, outras vantagens incluem, por exemplo, agilizar as filas de emergências, pois rapidamente os profissionais de saúde podem ter os dados do paciente e encaminhá-lo para o setor específico, sem que seja preciso passar pelo processo de triagem.
Ainda na parte de emergências, no caso de um acidente, com todos o histórico e informações do paciente em mãos já no instante em que ele chega no hospital, é possível saber, por exemplo, se ele tem alguma alergia a determinado medicamento e evitar possíveis complicações.
Além disso, caso a pessoa tenha interesse em trocar seu plano de saúde, pode acelerar todo o processo e tornar a portabilidade uma mera formalidade, já que todas as perguntas sobre histórico de doenças e outras questões, não serão mais necessárias. É bom lembrar que, atualmente, para trocar de plano, o cidadão “perde”, no mínimo, 90 dias.
Uma outra vantagem muito importante quanto ao Open Health é a troca de informações, por exemplo, entre o governo, planos de saúde, clínicas e hospitais, no caso de planejar ações para ajudar a distribuir vacinas, administrar a compra e logística de remédios e mesmo elaborar pesquisas para doenças, minimizando ao até evitando o desenvolvimento de epidemias.
E no caso da segurança, todas as redes de informações são protegidas por criptografia. O sigilo dos dados de saúde é garantido pelas instituições e outorgados LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
No mais, Open Heatlh é uma oportunidade para que o sistema de saúde do Brasil e do mundo evolua. Certamente, nos próximos anos, teremos uma revolução no sistema de saúde e os benefícios disso serão sentidos por nós pelas gerações futuras.
Registro digital de pacientes
O Open Health terá considerável atuação no que diz respeito aos registros digitais dos pacientes.
Como já foi mencionado, as vantagens são imensas, pois as equipes de saúde não vão perder tempo escrevendo dados de determinada pessoa, seu histórico de problemas, suas dores, seus exames feitos ao longo dos meses ou anos, seus procedimentos, operações, fraturas, doenças, remédios que toma, alergia a determinados compostos químicos, etc, etc, etc,.
O registro eletrônico proporcionado pelo Open Health traz menos tempo em salas de espera, minimiza a burocracia dos preenchimentos de formulário e a redundância de informações, pois muitas vezes o paciente precisa escrever cem vezes as mesmas coisas, apenas porque foi atendido em diferentes clínicas ou hospitais.
Com o Open Health tudo ficará à disposição dos profissionais de saúde, agilizando o processo e entregando um trabalho muito mais dinâmico e assertivo, afinal de contas, trata-se da vida de uma pessoa. Quanto mais rápido, seguro e integrado for o processo, melhor para o paciente!
Veja 3 vantagens básicas do Open Health em relação os registros eletrônicos:
- Independente da distância, seja regional ou em qualquer ponto do mundo, é possível disponibilizar de forma segura e imediata, documento para qualquer profissional, hospital ou clínica;
- Papel nunca mais! É possível reduzir significativamente ou mesmo eliminar os documentos de papel que fazem parte do dia a dia das organizações de saúde;
- É possível, instantaneamente, alterar os idiomas de todos os formulários, para que toda e qualquer população seja atendida no que concerne sua diversidade linguística.
Outras tecnologias da área da saúde que se conectam ao Open Health
Muitas tecnologias já estão em pleno funcionamento no sistema médico e na área de saúde como um todo. O Open Health se encaixa neste cenário como a cereja do bolo, ampliando o leque de possibilidades para melhorar a vida de médicos, enfermeiros, atendentes e pacientes.
Veja alguns exemplos de avanços neste campo que já estão em operação e tem ajudado muitas pessoas:
Telemedicina
A telemedicina é uma realidade que teve seu ápice durante a pandemia e evolui consideravelmente de um ano para outro, seja em termos de regulamentação da prática, legislação, aceitação do campo médico e, principalmente, da população.
Basicamente, é possível abranger muitos aspectos da prática médica com consultas à distância.
Não é um conceito tão novo assim, pois ainda em meados do século passado, em função de algumas dificuldades pontuais, muitos médicos já faziam atendimento por telefone.
Porém, com o advento da internet, a telemedicina ganhou muito mais lastro e avançou rapidamente. A relação digital entre médicos e pacientes ficou tão fácil, rápida e eficiente, que o contato pessoal, muitas vezes, tem sido substituído por intervenções online.
Este atendimento remoto desafogou as emergências, possibilitou monitoramento de pacientes em isolamento e gerou maior interação entre médicos especialistas, não apensa do Brasil, mas do mundo todo, que puderam se comunicar e trocar informações sem sair de casa.
Prontuário Eletrônico
O prontuário eletrônico é uma ferramenta utilizada pelas instituições de saúde, que armazena os dados dos pacientes na nuvem, possibilitando acesso por parte dos profissionais a todo histórico médico dos pacientes.
Nos prontuários eletrônicos ficam contidas informações de saúde, medicações utilizadas, consultas efetuadas, procedimentos realizados e outras questões.
Com a nova jornada do paciente, adentrando cada vez mais no ambiente digital, nos atendimentos remotos, receitas online, entre outros, é natural que o próprio paciente queira ter mais autonomia para acompanhar e ter conhecimento imediato de seus diagnósticos e documentos na área clínica.
Apesar de todos esses avanços, é preciso compreender que, de acordo com o estudo TIC Saúde 2019 em torno de 25% das instituições médicas ainda usam papel como forma de manter os cadastros e demais informações.
Por isso, é preciso que continuemos avançando, incentivando e lutando por um ambiente médico mais dinâmico, digital, seguro e assertivo. E dentro desta esfera de idealizações, se encontra o Open Heath, que virá, certamente, para somar e transformar o universo da saúde para melhor.
Agenda Médica Online
As agendas médicas online substituem as já ultrapassadas agendas de papel, que estão a cada dia mais em desuso.
Nas clínicas médicas, agendas online simplificam a vida dos profissionais, gerando um ambiente mais organizado e trazendo uma série de recursos que agilizam o processo de marcação de consultas, reuniões, atendimentos, trocas de informações e muito mais.
Manter o dia a dia do médico através de agendamentos que podem ser vistos e acessados pelo celular, notebook ou tablet, de qualquer lugar do mundo, e modificados instantaneamente, é uma vantagem não apenas para a clínica médica em relação a sua concorrência, mas também, e principalmente, para os pacientes.
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