Todo mundo que já precisou fazer dietas, começar uma rotina de exercícios físicos ou um tratamento contínuo sabe que a parte mais difícil é a mudança de hábitos. O começo é sempre empolgante, seguindo tudo à risca nos primeiros dias. Porém, depois, o corpo vai relaxando até parar completamente.
Mudança de hábitos não é fácil. Hábitos são “caminhos” que o cérebro cria para executar algumas atividades repetitivas mais facilmente, por isso, alterá-los é tão difícil. Se você tem pacientes cujos tratamentos dependem da mudança de hábitos, continue lendo e confira algumas dicas para ajudá-los!
O diálogo e a informação são essenciais
Nenhum paciente se sente satisfeito quando as informações dadas pelo médico são insuficientes. Dessa forma, para ajudar seu paciente na mudança de hábitos, sempre tenha uma conversa franca, explicando os benefícios e as evoluções que os novos comportamentos trarão.
É importante deixar claro quais são as consequências de uma vida desregrada, principalmente em relação aos efeitos para a saúde física da pessoa. Além disso, seja enfático quando falar sobre a necessidade de manter uma nova rotina, disciplinada e muito mais saudável. A mudança de hábitos requer consciência!
Por fim, quanto mais informações o paciente tiver sobre como a vida pode ser melhor com alterações nos hábitos, mais ele vai conseguir se autodisciplinar. Dados, números, estimativas, porcentagens e conteúdos que enriquecem o conhecimento sobre um assunto são muito bem-vindos.
A rotina é o segredo da mudança de hábitos
Como dito antes, hábitos são estratégias do cérebro. Se as atividades forem executadas sempre no mesmo horário, o cérebro irá associá-las, de maneira que, quando aquele horário se aproximar, ele liberará neurotransmissores que deixarão o paciente mais alerta e concentrado.
Portanto, incentive seus pacientes a terem uma rotina rígida, com horários fixos para fazer o que foi recomendado. Por exemplo: fazer exercício sempre às 7h, depois do café da manhã. Assim, quando estiverem terminando a refeição, vão lembrar que é hora da atividade.
Um novo comportamento, uma nova postura, atitude ou ideia são sempre passos muito complicados, mas é completamente possível executá-los. Com força de vontade, o incentivo correto, muita aplicação e determinação, tudo pode ser feito.
Conscientize o paciente da importância do esforço contínuo
Uma das razões da dificuldade de criar um hábito novo e melhorar a saúde é que, quando o cérebro não faz aquilo para o qual foi programado, ativa o sistema de recompensa e libera dopamina, que causa a sensação de prazer.
Assim, quando foge da rotina que está tentando criar com a mudança de hábito, você se sente bem, o que desestimula a mantê-la. Por isso, é fundamental perseverar no esforço contínuo e lutar para não escapar da disciplina nenhuma vez.
Um exemplo dos tempos modernos é o uso das redes sociais, como Facebook, Instagram, YouTube, entre outras. Essas plataformas foram criadas para as pessoas ficarem “presas” nelas, vendo um vídeo atrás do outro, um post atrás do outro, descendo uma barra de rolagem ou clicando para continuar.
Tudo é pensado para entrar em uma espécie de transe, deixando de lado rotinas mais cansativas, como leituras, trabalhos, etc, coisas que demandam esforço físico ou mental. Essa dificuldade em lidar com coisas mais complexas também ocorre diante de mudanças de hábitos ou comportamentos.
Incentive o uso de um diário
Entre as técnicas da terapia cognitivo-comportamental, uma das mais eficazes na criação de hábitos é o uso de um diário. Os terapeutas incentivam a escrever um resumo dos hábitos que o paciente conseguiu e falhou em manter no fim do dia, como mudança alimentar.
Assim, é possível criar uma reflexão própria, muito mais eficaz que a insistência de um médico. Isso acontece com as crianças: quanto mais os pais falam para elas não fazerem alguma coisa, mais elas fazem, até que elas se machucam e tendem a não repetir o erro.
Com os adultos, não é diferente. O diário auxilia isso. De uma forma ou de outra, a mudança de hábitos é difícil. Por isso, nunca perca a paciência caso seu paciente relate que não está seguindo suas recomendações. Continue conscientizando-o até que ele consiga!
A forma como você trabalha com os pacientes para criar novos hábitos influencia a recepção e o comportamento das pessoas. O melhor caminho é seguir as orientações mais conhecidas e difundidas, que já alcançaram resultados interessantes.
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