Na área da saúde, existe uma série de cronogramas, procedimentos, padronizações e todo tipo de regra a ser seguida, tendo em vista a responsabilidade de lidar com pessoas em situações de vulnerabilidade. Neste cenário, uma questão bastante utilizada, mas que ainda gera dúvidas é: o que é anamnese.
Neste texto, vamos falar sobre o que é anamnese, para que ela serve, como utilizar na sua clínica e outras informações relevantes sobre o tema. Acompanhe texto abaixo e boa leitura!
O que é anamnese
Para entender o que é anamnese, vamos remontar ao passado. Etimologicamente, esta palavra vem do grego e teria significado ligado à recordação ou ao ato de rememorar. Ao que se sabe, os gregos falavam da anamnésis quando estavam tratando das memórias, do que podiam lembrar.
Passados milênios, a anamnese ainda é utilizada diariamente, mas foi se adaptando aos avanços, aos novos modos de ser e agir das sociedades modernas e contemporâneas. Hoje, é bastante conhecida e utilizada no meio médico, auxiliando muito nas análises e nas avaliações de pacientes e no processo de definição de diagnósticos.
De forma prática, podemos dizer que a anamnese clínica é uma espécie de entrevista que o profissional de saúde faz com o paciente. Nela, várias perguntas são feitas para buscar respostas para o que se passa com aquela pessoa.
Além disso, é importante que o médico tenha sensibilidade e seja uma pessoa com bom senso analítico para saber o que perguntar e qual é o melhor momento. Ele também deve observar o jeito do paciente, se é mais introspectivo ou falante, se consegue expor o que pensa com facilidade ou não.
A anamnese do paciente não é apenas uma série de perguntas fechadas, mas uma troca de informações, um processo dialético com a função de revelar o que está perturbando a vida do paciente.
Para que a anamnese serve
A anamnese é de suma importância no ambiente de saúde, mais precisamente, no ambiente médico, psiquiátrico, psicológico ou qualquer outra especialidade, pois é o principal instrumento para “ler” as queixas do paciente.
É claro que, hoje, conta-se com muita tecnologia: máquinas variadas que fazem os mais diversos tipos de exames, aparelhos que medem dos pés à cabeça e são extremamente importantes para a manutenção ou o tratamento de saúde das pessoas.
Porém, na base de tudo isso, no alicerce da interação entre médico e paciente, na intimidade que precisa existir entre o profissional e quem busca assistência, a sensibilidade, a visão analítica, a percepção e a capacidade de saber fazer as perguntas certas para obter as respostas adequadas ainda são insuperáveis.
Justamente essa atitude, esse método de interação com o paciente, ou seja, a anamnese, faz toda a diferença para os próximos passos serem dados a partir da ação de pedir exames, indicar outros especialistas, receitar determinados medicamentos, etc.
Como se faz uma anamnese?
Não basta saber o que é anamnese, é preciso entender como deve ser feita. Nesse sentido, a anamnese completa começa com perguntas que devem ser elaboradas ao paciente e dizem respeito a quem ele é, o que faz da vida e quantos anos tem.
Essa etapa acontece ainda na triagem, em que, geralmente, mistura-se anamnese e exame físico, com medição da pressão arterial, oximetria e questionamentos, como nome, endereço, idade, telefone, estado civil, gênero, profissão, entre outras perguntas que embasam a comunicação entre o médico e o paciente.
Depois, no consultório médico, é preciso entrar nos questionamentos referentes ao que o paciente está passando, o que ele tem, o que ele sente, quais são os sintomas e o que lhe aflige.
É possível que o profissional faça tanto perguntas já prontas, quanto anotação do que o paciente vai lhe expondo. Diante do que se apresenta, o médico constrói as perguntas que se encaixem com o contexto.
Logo depois de entender o que o paciente tem, é importante buscar o histórico desses males, questionando quando isso começou, em que momento, como a pessoa estava vivendo naquele período, se passou por algo traumático ou difícil, enfim, uma anamnese que compreenda o contexto histórico.
Questionamentos sobre o histórico de vida
Diante dessas informações, já dá para ter uma base de como as coisas começaram e de como o paciente estava na época dos primeiros sintomas. Porém, também é importante conhecer melhor a pessoa, expandir o histórico dos sintomas para um histórico de vida.
É possível fazer perguntas, dependendo do caso, desde a infância: que doenças ele lembra ter tido, se fez cirurgias, se teve fraturas, quais doenças os familiares mais próximos têm ou tiveram, etc. Isso serve até para o tratamento não entrar em conflito com algo do passado, que possa afetar a pessoa.
Diante desses questionamentos e de uma boa dose de observação não verbal, ou seja, análise da postura do paciente, do jeito como se comunica e outras atitudes, o profissional vai construindo o processo de anamnese.
É importante registrar tudo no prontuário eletrônico, arquivando as informações adequadamente e seguindo a lei geral de proteção de dados. No mais, vale deixar tudo bem alinhado para um próximo profissional averiguar sem problemas.
Quais são os três tipos de anamnese?
Dependendo da situação, em termos de roteiro de anamnese, o médico pode usar uma abordagem ativa, mista ou passiva, ou passar de uma para outra, conforme necessário.
O principal objetivo é obter uma anamnese completa, com o máximo de informações relevantes sobre a saúde do paciente, garantindo um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Veja, na sequência o que são e como funcionam os três exemplos de anamnese, ou, como também podem ser conhecidos, os três tipos de anamnese existentes. Acompanhe!
Ativa
Na anamnese ativa, é o próprio paciente que relata as informações sobre sua saúde. O médico faz perguntas diretas ao paciente, que deve responder da forma mais completa e precisa possível.
É como uma conversa em que o paciente descreve seus sintomas, quando eles ocorrem, como se desenvolveram ao longo do tempo e qualquer outro detalhe relevante sobre sua saúde. É como contar a história da doença do paciente diretamente da boca dele.
Mista
Uma anamnese mista envolve uma combinação da participação ativa do paciente e a obtenção de informações adicionais por parte do médico.
Nesse caso, o médico também faz perguntas diretas, mas pode complementar as respostas do paciente com informações adicionais obtidas por meio de exames físicos, exames laboratoriais ou registros médicos anteriores.
O médico pode investigar mais a fundo certos aspectos, solicitar exames específicos ou explorar sintomas e histórico médico de maneira mais detalhada.
Passiva
Na anamnese passiva, o médico obtém informações sobre a saúde do paciente sem a participação direta dele. Isso ocorre quando o paciente não consegue fornecer as informações necessárias, seja por estar inconsciente, muito doente, muito jovem ou por qualquer outro motivo.
Nesse caso, o médico precisa contar com informações de familiares, amigos, acompanhantes ou registros médicos disponíveis. É como montar um quebra-cabeça, juntando informações de diferentes fontes para entender a situação do paciente.
O software que ajuda sua clínica
Agora que você já sabe o que é anamnese e como funciona, vamos falar sobre uma ferramenta tecnológica que vai ajudar muito sua clínica neste processo todo. Estamos falando do mais estável software médico do mercado, o Clínica nas Nuvens.
Por meio dos recursos, como o prontuário eletrônico, o Clínica nas Nuvens possui uma sequência de perguntas-padrões (modelos de anamnese) que também podem ser personalizadas.
De acordo com as peculiaridades das consultas e as necessidades do paciente, o médico pode adequar as perguntas no dispositivo, no computador ou no tablet, por exemplo, e realizar a entrevista.
As perguntas ficam salvas no prontuário, ou seja, na nuvem, com total segurança, visto que o Clínica nas Nuvens possui a mesma proteção utilizada nas instituições bancárias. Além disso, com as perguntas salvas e a integração que o software para clínicas proporciona, o profissional pode escolher quem terá acesso aos dados.
O exemplo de anamnese pelas ferramentas que o Clínica nas Nuvens disponibiliza é facilitado e proporciona mais tempo para os profissionais cumprirem os compromissos sem muita correria. Sendo assim, peça já uma demonstração gratuita do Prontuário Eletrônico do Clínica nas Nuvens e transforme o dia a dia na sua clínica.